Gabriel Artista Plástico
Bacharel em Design Gráfico com Habilitação em Artes Visuais, pela Universidade Senac.
Meu elemento favorito é a tinta acrílica. Os pincéis dão lugar à espátulas e às minhas próprias mãos.
A faculdade teve o papel de resgatar em mim o artista que havia perdido. Pintei bastante, desenhei, pude experimentar intensamente diferentes materiais.
PROJETOS EXECUTADOS
CAMINHO DE PALAVRAS – Um dos projetos que realizei foi “Caminho de Palavras” – instalação artística, onde uma faixa (ou pista) é criada com uma fita isolante preta no chão toda escrita com tinta de corretivo.
O texto levava a pessoa a seguir a faixa, como se seguem pistas, ou seguir pela pista. Ao final haveria uma “recompensa”. O texto no “Caminho”, era uma conversa com quem estivesse seguindo a faixa, questionando se a pessoa queria mesmo continuar.
Ao final não havia prêmio nenhum. A ideia por trás do “Caminho de Palavras” era mostrar a manipulação das mídias, principalmente a TV, sobre o ser humano. A fita isolante remetia a uma fita de video tape.
1001 FRASES ABSOLUTAMENTE SEM SENTIDO PARA INFERNIZAR ALGUÉM – Um livro, ainda não publicado trazendo ilustrações e 1001 frases que misturam o obvio e o absurdo como “Espaguetes não crescem em árvores” ou “Tratores não engravidam edifícios”. Projeto inspirado em brincadeiras da infância e adolescência, que virou uma obra de arte.
INFLUÊNCIA E APRENDIZADO
Tive a chance de, durante um período, fazer oficina com a grande artista plástica Amélia Toledo que me inspirou e ensinou muitas coisas.
O AMOR PELA ARTE NASCEU COMIGO
Desde de criança, sempre gostei de desenhar e pintar, diferente da maioria dos meus colegas de infância que preferiam jogar futebol.
Me lembro aos 3 anos de idade, assistindo desenhos animados, como A Bela Adormecida e A Dama e o Vagabundo, como aquelas cenas ativavam algo em mim, que eu nem sabia o que era. Na sequência, ainda bem pequeno, desenhava repetidamente algumas imagens que ficavam como que latejantes em meu interior.
INFLUÊNCIA DADAÍSTA – ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS – Aos 6 anos, assisti Alice no País das Maravilhas. Embora muitos não perceberem, esse desenho é pura arte dadaísta/surrealista. Eu achava aquilo o máximo!
Posso até dizer que foi esse desenho que despertou o Artista dentro de mim.
Essa obra, a qual muitas crianças odiavam, a mim trazia uma enorme inspiração, mesmo que eu não entendesse nada da história.
Era gato que se tele transportava, rato saindo de dentro do chá, e muitas outras coisas, entre elas, a enorme queda de Alice no buraco da árvore, que a levava para esse mundo maluco chamado de País das Maravilhas.
Quando eu ia a algum lugar desconhecido, minha tendência era percorrê-lo sozinho, com o objetivo de achar um buraco para me enfiar dentro, e sofrer aquela lenta e imensa queda.
Apesar da liberação artística que esse desenho me trouxe, ouve também um certo efeito colateral. Nessa época tornei-me uma criança meio isolada, vivendo excessivamente nesse meu mundo, distante dos outros.
SEMPRE ARTE
Mas continuava a desenhar muito, pintava, me sujava, colecionava latas e as transformava em esculturas, fazia livros e mais livros, de papel sulfite.
De vez em quando, até fazia umas representações, em casa e na escola, fingindo que eu era algum personagem das minhas histórias preferidas, ou então, algum que eu inventava.
As vezes fazia isso isoladamente, e em outras vezes, fazia interagindo com as pessoas.
MAGIC THE GATHERING – ARTE PARA ALÉM DAS ILUSTRAÇÕES
Mais tarde, na pré adolescência e na adolescência, passei um longo tempo sem desenhar e pintar, porém, jogos de RPG e o jogo de cartas Magic the Gathering sempre me mantinham conectado à arte.
Embora não possa dizer como as outras pessoas encaram esses jogos, eu sempre os encarei como uma outra forma de arte.
Apesar de também existir o lugar da competição. Não falo apenas das ilustrações dos jogos ou das cartas, mas também da maneira em que o seu jogo será estruturado para obter o melhor resultado possível.
Aos 20 anos de idade, comecei a faculdade de Artes Visuais, onde finalmente encontrei pessoas com quem eu me identificava. Passei e reconhecer o artista em mim.